O FMEA pode ser aplicado tanto para processos produtivos (PFMEA) como para projetos de sistemas, subsistemas e componentes (DFMEA). Vamos iniciar tratando do PFMEA.
Mas afinal, o que é e para que serve esse tal de FMEA? Começamos por explicar o que a sigla significa. Failure Mode and Effect Analysis. Em bom português significa: Modo de Falha e Análise do Efeito. Logo de cara, podemos inferir que existindo modos de falhas distintos, a reação diante do problema também será distinta. Da mesma forma, podemos deduzir que podem existir efeitos diversos, gerando ações apropriadas.
Este raciocínio reflete a ponderação que a ferramenta traz: não se tratam problemas diferentes aplicando sempre a mesma solução.
O PFMEA, portanto, reconhece que seja estabelecida uma sequência para tratar os diversos modos de falha, baseada numa escala de prioridade. O PFMEA estabelece esta prioridade! Para determinar esta escala, o PFMEA considera três fatores: a severidade, a ocorrência e a detecção. A severidade "mede" a gravidade de um dado modo de falha quando este ocorrer. Por exemplo, se um sistema de freio falhar, a condução do veículo torna-se extremamente perigosa e, portanto, este modo de falha é bastante severo. De forma contrária, se o tecido dos bancos do automóvel desbota após poucos meses de uso, a severidade deste modo de falha é considerada menor, ainda que gere insatisfação do usuário.
Para auxiliar na sua análise, apresentamos a tabela a seguir:
Severidade 10 - quando o modo de falha trouxer risco ao usuário e/ou violar requisito legal sem prévio aviso.
Severidade 9 - quando o modo de falha trouxer risco ao usuário e/ou violar requisito legal com prévio aviso.
Severidade 7 a 8 - quando o modo de falha tornar o produto inoperante.
Severidade 5 a 6 - quando o modo de falha tornar o produto parcialmente inoperante
Severidade 4 a 5 - quando o modo de falha não torna o produto inoperante mas reduz bastante seu desempenho.
Severidade 2 a 3 - quando o modo de falha não torna o produto inoperante e reduz pouco o desempenho
Severidade 1 - quando o modo de falha não é notado.
No próximo post falaremos do fator ocorrência. Até lá!
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