sábado, 25 de maio de 2013

FMEA - Uma Ferramenta subutilizada! Parte 3

Para encerrar esta análise sobre FMEA, vamos tratar do último fator a ser considerado: a DETECÇÃO!

Podemos definir DETECÇÃO como sendo a capacidade que dispomos de "perceber" que uma determinada causa de modo de falha esteja ocorrendo, ou seja, os alertas que podemos ter para nos auxiliar em detectar a causa da falha e evitar o envio de produtos fora de especificação para operações posteriores ou até o cliente.
Para ajudar na classificação apresentamos a tabela abaixo:

Detecção 10 - praticamente impossível de perceber que a causa do problema esteja ocorrendo

Detecção 9 - é muito remota a possibilidade de perceber a causa do problema

Detecção 8 - é remota a possibilidade de perceber a causa do problema

Detecção 7 - é muito baixa a possibilidade de perceber a causa do problema

Detecção 6 - é baixa a possibilidade de perceber a causa do problema

Detecção 5 - é moderada a possibilidade de perceber a causa do problema

Detecção 4 - é moderadamente alta a possibilidade de perceber a causa do problema

Detecção 3 - é alta a possibilidade de perceber a causa do problema

Detecção 2 - é muito alta a possibilidade de perceber a causa do problema

Detecção 1 - é praticamente certa a possibilidade de perceber a causa do problema

No exemplo que dei na postagem anterior, não tenho nenhum mecanismo que me sirva de alerta para garantir que ajustei o despertador. Neste caso, a detecção seria 10, ou seja, vou perder a hora com certeza

Muito bem! Terminada a discussão sobre os fatores SEVERIDADE, OCORRÊNCIA e DETECÇÃO vamos explicar como se prioriza a tomada de ações.

Para cada modo de falha identificado obtenha o NPR - Número de Prioridade de Risco que se calcula da seguinte forma:

NPR = Severidade x Ocorrência x Detecção

Portanto, o maior valor possível para o NPR = 10 x 10 x 10 = 1000 e o menor valor é           NPR = 1 x 1 x 1 = 1

Portanto, os maiores valores de NPR determinam quais os modos de falha devem ser "atacados" em primeiro lugar.

Vale lembrar que o FMEA é muito amigo da MELHORIA CONTÍNUA e o processo de atualização é constante!

Boa sorte!




2 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Muito bem Paulo, concordo plenamente quando o FMEA é citado como amigo íntimo da melhoria contínua.

    Muitas montadoras de automóveis não estimam um nível de NPR em seus requisitos específicos justamente para estimular seus fornecedores a agirem continuamente na redução de seus maiores índices de NPR, agindo assim diretamente na melhoria contínua de seus processos.

    Porém uma coisa é certa, temos que mudar nossa atitude, pois em muitas empresas as ações para redução são tomadas em função de ocorrências e Não conformidades detectadas pelo cliente.

    Um forte abraço.

    Att,
    Renan Ferreira.

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