Para encerrar esta análise sobre FMEA, vamos tratar do último fator a ser considerado: a DETECÇÃO!
Podemos definir DETECÇÃO como sendo a capacidade que dispomos de "perceber" que uma determinada causa de modo de falha esteja ocorrendo, ou seja, os alertas que podemos ter para nos auxiliar em detectar a causa da falha e evitar o envio de produtos fora de especificação para operações posteriores ou até o cliente.
Para ajudar na classificação apresentamos a tabela abaixo:
Detecção 10 - praticamente impossível de perceber que a causa do problema esteja ocorrendo
Detecção 9 - é muito remota a possibilidade de perceber a causa do problema
Detecção 8 - é remota a possibilidade de perceber a causa do problema
Detecção 7 - é muito baixa a possibilidade de perceber a causa do problema
Detecção 6 - é baixa a possibilidade de perceber a causa do problema
Detecção 5 - é moderada a possibilidade de perceber a causa do problema
Detecção 4 - é moderadamente alta a possibilidade de perceber a causa do problema
Detecção 3 - é alta a possibilidade de perceber a causa do problema
Detecção 2 - é muito alta a possibilidade de perceber a causa do problema
Detecção 1 - é praticamente certa a possibilidade de perceber a causa do problema
No exemplo que dei na postagem anterior, não tenho nenhum mecanismo que me sirva de alerta para garantir que ajustei o despertador. Neste caso, a detecção seria 10, ou seja, vou perder a hora com certeza
Muito bem! Terminada a discussão sobre os fatores SEVERIDADE, OCORRÊNCIA e DETECÇÃO vamos explicar como se prioriza a tomada de ações.
Para cada modo de falha identificado obtenha o NPR - Número de Prioridade de Risco que se calcula da seguinte forma:
NPR = Severidade x Ocorrência x Detecção
Portanto, o maior valor possível para o NPR = 10 x 10 x 10 = 1000 e o menor valor é NPR = 1 x 1 x 1 = 1
Portanto, os maiores valores de NPR determinam quais os modos de falha devem ser "atacados" em primeiro lugar.
Vale lembrar que o FMEA é muito amigo da MELHORIA CONTÍNUA e o processo de atualização é constante!
Boa sorte!
Blog sobre gestão da Q&P Assessoria Empresarial Ltda. e-mail: p.castilho@qpassessoria.com.br
sábado, 25 de maio de 2013
sexta-feira, 24 de maio de 2013
FMEA - Uma Ferramenta Subutilizada! Parte 2
Olá pessoal! Continuando com o tema sobre FMEA vamos tratar de outro fator: Ocorrência! A ocorrência procura estimar a probabilidade que a causa de um dado modo de falha venha a ocorrer.
Exemplo: perder a hora pela manhã me faz pegar trânsito e chegar atrasado no trabalho é um modo de falha cuja severidade é considerável. Uma possível causa é ter esquecido de ajustar o despertador. Portanto, a ocorrência que se deseja estimar é a frequência com que esqueço de ajustar o despertador.
A tabela a seguir fornece algumas orientações:
Ocorrência 10 - quando a frequência for > 100 por mil
Ocorrência 9 - quando a frequência for > 50 por mil
Ocorrência 8 - quando a frequência for > 20 por mil
Ocorrência 7 - quando a frequência for > 10 por mil
Ocorrência 6 - quando a frequência for > 2 por mil
Ocorrência 5 - quando a frequência for > 0,5 por mil
Ocorrência 4 - quando a frequência for > 0,1 por mil
Ocorrência 3 - quando a frequência for > 0,01 por mil
Ocorrência 2 - quando a frequência for > 0,001 por mil
Ocorrência 1 - quando a ocorrência for < 0,001 por mil
Processos que apresentam maior nível de capabilidade possuem menor nível de ocorrência de uma determinada causa de falha, por apresentarem menor variação e/ou por terem controles preventivos eficazes.
Exemplo: perder a hora pela manhã me faz pegar trânsito e chegar atrasado no trabalho é um modo de falha cuja severidade é considerável. Uma possível causa é ter esquecido de ajustar o despertador. Portanto, a ocorrência que se deseja estimar é a frequência com que esqueço de ajustar o despertador.
A tabela a seguir fornece algumas orientações:
Ocorrência 10 - quando a frequência for > 100 por mil
Ocorrência 9 - quando a frequência for > 50 por mil
Ocorrência 8 - quando a frequência for > 20 por mil
Ocorrência 7 - quando a frequência for > 10 por mil
Ocorrência 6 - quando a frequência for > 2 por mil
Ocorrência 5 - quando a frequência for > 0,5 por mil
Ocorrência 4 - quando a frequência for > 0,1 por mil
Ocorrência 3 - quando a frequência for > 0,01 por mil
Ocorrência 2 - quando a frequência for > 0,001 por mil
Ocorrência 1 - quando a ocorrência for < 0,001 por mil
Processos que apresentam maior nível de capabilidade possuem menor nível de ocorrência de uma determinada causa de falha, por apresentarem menor variação e/ou por terem controles preventivos eficazes.
sexta-feira, 10 de maio de 2013
FMEA - Uma Ferramenta subutilizada! - Capítulo 1
Olá pessoal! Conforme prometi, vamos tratar do FMEA como ferramenta para prevenção.
O FMEA pode ser aplicado tanto para processos produtivos (PFMEA) como para projetos de sistemas, subsistemas e componentes (DFMEA). Vamos iniciar tratando do PFMEA.
Mas afinal, o que é e para que serve esse tal de FMEA? Começamos por explicar o que a sigla significa. Failure Mode and Effect Analysis. Em bom português significa: Modo de Falha e Análise do Efeito. Logo de cara, podemos inferir que existindo modos de falhas distintos, a reação diante do problema também será distinta. Da mesma forma, podemos deduzir que podem existir efeitos diversos, gerando ações apropriadas.
Este raciocínio reflete a ponderação que a ferramenta traz: não se tratam problemas diferentes aplicando sempre a mesma solução.
O PFMEA, portanto, reconhece que seja estabelecida uma sequência para tratar os diversos modos de falha, baseada numa escala de prioridade. O PFMEA estabelece esta prioridade! Para determinar esta escala, o PFMEA considera três fatores: a severidade, a ocorrência e a detecção. A severidade "mede" a gravidade de um dado modo de falha quando este ocorrer. Por exemplo, se um sistema de freio falhar, a condução do veículo torna-se extremamente perigosa e, portanto, este modo de falha é bastante severo. De forma contrária, se o tecido dos bancos do automóvel desbota após poucos meses de uso, a severidade deste modo de falha é considerada menor, ainda que gere insatisfação do usuário.
Para auxiliar na sua análise, apresentamos a tabela a seguir:
O FMEA pode ser aplicado tanto para processos produtivos (PFMEA) como para projetos de sistemas, subsistemas e componentes (DFMEA). Vamos iniciar tratando do PFMEA.
Mas afinal, o que é e para que serve esse tal de FMEA? Começamos por explicar o que a sigla significa. Failure Mode and Effect Analysis. Em bom português significa: Modo de Falha e Análise do Efeito. Logo de cara, podemos inferir que existindo modos de falhas distintos, a reação diante do problema também será distinta. Da mesma forma, podemos deduzir que podem existir efeitos diversos, gerando ações apropriadas.
Este raciocínio reflete a ponderação que a ferramenta traz: não se tratam problemas diferentes aplicando sempre a mesma solução.
O PFMEA, portanto, reconhece que seja estabelecida uma sequência para tratar os diversos modos de falha, baseada numa escala de prioridade. O PFMEA estabelece esta prioridade! Para determinar esta escala, o PFMEA considera três fatores: a severidade, a ocorrência e a detecção. A severidade "mede" a gravidade de um dado modo de falha quando este ocorrer. Por exemplo, se um sistema de freio falhar, a condução do veículo torna-se extremamente perigosa e, portanto, este modo de falha é bastante severo. De forma contrária, se o tecido dos bancos do automóvel desbota após poucos meses de uso, a severidade deste modo de falha é considerada menor, ainda que gere insatisfação do usuário.
Para auxiliar na sua análise, apresentamos a tabela a seguir:
Severidade 10 - quando o modo de falha trouxer risco ao usuário e/ou violar requisito legal sem prévio aviso.
Severidade 9 - quando o modo de falha trouxer risco ao usuário e/ou violar requisito legal com prévio aviso.
Severidade 7 a 8 - quando o modo de falha tornar o produto inoperante.
Severidade 5 a 6 - quando o modo de falha tornar o produto parcialmente inoperante
Severidade 4 a 5 - quando o modo de falha não torna o produto inoperante mas reduz bastante seu desempenho.
Severidade 2 a 3 - quando o modo de falha não torna o produto inoperante e reduz pouco o desempenho
Severidade 1 - quando o modo de falha não é notado.
sexta-feira, 3 de maio de 2013
Prevenir é melhor que remediar! Parte 2
Na última postagem, comecei a falar dos benefícios da prevenção e deixei uma questão no ar. Mas antes de respondê-la, gostaria de explorar um pouco mais a questão da prevenção e das vantagens que ela pode oferecer.
Como você se sentiria se:
a) fosse um dos donos da boate Kiss em Santa Maria onde centenas de vidas foram desperdiçadas?
b) fosse responsável pela linha de suco Ades sabor maçã, consumido por milhares de crianças?
c) gerente do SAC de uma operadora de telefonia celular, recebendo inúmeras reclamações e dando milhares de desculpas?
Em qualquer uma dessas situações, você certamente concordaria que se tivesse havido uma ação preventiva, nada disso teria acontecido. Certo?
Como eu disse na última postagem, o mundo dos negócios não permite erros. É tudo que seu concorrente espera que você faça para que ele pegue a sua parte do mercado, que custou e custa muito do seu suor.Pode não haver segunda chance. E não haverá!
Mas a pergunta continua! Como mudar isso tudo? A mudança passa por conhecer bem os riscos e consequências.
Para tratar riscos e consequências, uma boa ferramenta é o FMEA! Esta ferramenta auxilia na identificação dos possíveis problemas, suas consequências e riscos, orientando para tomada de ações.quinta-feira, 2 de maio de 2013
Prevenir é sempre mais barato!
Há muito tempo que se ouve o seguinte ditado: "Prevenir é melhor que remediar!" .
Isto é uma grande verdade e pode ser aplicada em qualquer área da atividade humana, seja ela pessoal ou profissional.
Mas, se todos concordam com esta afirmação, por que a prevenção é tão pouco praticada?
Uma possível explicação é que prevenção lida com algo que ainda não ocorreu e que sempre existe algo mais urgente e que deve ser resolvido em primeiro lugar.
Além do fato de que sempre achamos que os problemas, doenças, etc, nunca nos atingirão. No máximo chega até meu vizinho! Por isso negligenciamos atitudes preventivas em diversos momentos de nossa vida diária.
No mundo dos negócios não existe espaço para erros e você, talvez não tenha outra chance.
Até aqui, tenho certeza que você concorda comigo em tudo. Mas uma pergunta vem à sua mente: "Como mudar isso tudo?"
A partir de agora e nas próximas postagens vamos apresentar ferramentas que vão te ajudar a responder esta e outras questões e que serão muito úteis na condução de seu negócio. Até mais!
Isto é uma grande verdade e pode ser aplicada em qualquer área da atividade humana, seja ela pessoal ou profissional.
Mas, se todos concordam com esta afirmação, por que a prevenção é tão pouco praticada?
Uma possível explicação é que prevenção lida com algo que ainda não ocorreu e que sempre existe algo mais urgente e que deve ser resolvido em primeiro lugar.
Além do fato de que sempre achamos que os problemas, doenças, etc, nunca nos atingirão. No máximo chega até meu vizinho! Por isso negligenciamos atitudes preventivas em diversos momentos de nossa vida diária.
No mundo dos negócios não existe espaço para erros e você, talvez não tenha outra chance.
Lembre-se: "O mundo é mau!"
Até aqui, tenho certeza que você concorda comigo em tudo. Mas uma pergunta vem à sua mente: "Como mudar isso tudo?"
A partir de agora e nas próximas postagens vamos apresentar ferramentas que vão te ajudar a responder esta e outras questões e que serão muito úteis na condução de seu negócio. Até mais!
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