Selecionar um meio de medição é tarefa importante, pois é com base nos resultados de medições que tomamos nossas decisões. Mas também não é um bicho de sete cabeças.
Uma regra antiga, porém válida, é a regra "Um para Dez". Isto quer dizer que o meio de medição deve ter uma resolução DEZ vezes maior que a tolerância da característica que será avaliada.
Exemplo: Diâmetro externo nominal de um pino é 6,70 mm e a tolerância é + 0,15 e - 0,25 mm
A tolerância total pode ser determinada da seguinte forma:
Vmax - Vmin ou seja 6,85mm - 6,45mm = 0,40mm
Portanto, o meio de medição deve ter uma resolução de 0,40mm/10 = 0,04mm ou melhor.
Com o meio de medição em uso, deve-se, a cada calibração, obter o valor da tendência (T) e da incerteza de medição (U). Estes valores são obtidos a partir do certificado de calibração emitido pelo laboratório externo ou são calculados quando a calibração for executada internamente.
De posse destes valores, o critério de aceitação sugerido para o meio de medição é:
(T + U) <= (Tolerância)/ 3 a 10
Para o exemplo acima, vamos assumir que a tendência T obtida do certificado seja igual a 0,04mm e a incerteza U igual a 0,01mm.
(T + U) = 0,04 + 0,01 = 0,05mm
Se compararmos este valor com a tolerância teremos a seguinte relação:
Tolerância = 0,40 = 8 valor este que está contido no intervalo de 3 a 10.
(T + U) 0,05
Portanto, o meio de medição continua adequado para a tolerância estabelecida para o produto.
Caso o resultado da relação acima seja inferior a 3, deve-se substituir o meio de medição.
Fácil, não?
Boa sorte!
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