terça-feira, 21 de março de 2017

Não sei, não posso, não quero!

Resultado de imagem para empresa de sucessoNesses meus quase 32 anos de atuação na área da qualidade e tendo tido a oportunidade de conhecer mais de 200 organizações dos mais diferentes portes e segmentos, ainda me pergunto por que o empresário brasileiro ainda insiste em ter seu negócio num cenário que mais cria dificuldades do que condições que promovam a competitividade.
Tomo o cuidado de separar as razões em dois grupos: fatores externos e internos à organização.

No primeiro grupo, de fatores externos, temos uma longa lista. Portanto, apenas alguns exemplos: a raiva natural que o sistema tem do empreendedor. Parece ser crime querer ter um negócio formal, gerar empregos, pagar impostos e ter lucro. A seguir, a burocracia, a carga tributária escorchante, a preferência por "criar dificuldade para vender facilidade", ambientes de negócio pestilentos, com corruptos dos dois lados. Uma justiça(?) trabalhista sabidamente parcial, sistema de ensino que coloca o país nas últimas posições do cenário mundial, sindicatos que fazem o trabalhador de palhaço e só servem de trampolim político para alguns. Acho que já é suficiente para um só artigo.

No segundo grupo, o de fatores internos, temos também alguns exemplos: empresas pouco organizadas em termos de processos de negócio, políticas mal definidas, energia gasta em atividades que não agregam valor, personagens narcisistas, intrigas pelos corredores palacianos, além de uma interminável postura de buscar culpados ao invés de soluções. E é esse aspecto que eu quero compartilhar com você, caro leitor!

No início da minha carreira, eu acreditava que qualquer empresa precisava apenas de um bom "Livro de Regras" que tudo funcionaria às mil maravilhas. Ledo engano!
Aprendi, ao longo destes anos, que o tal Livro é importante mas não é tudo. Afinal, estas regras, boas ou não, serão conduzidas por..... pessoas!
Portanto, não é boa prática ter o pessoal interno como mais um obstáculo para o sucesso. Como se já não bastassem os que temos fora da empresa.

Para fazer do colaborador um aliado, a organização tem que definir políticas claras, metas factíveis e condições de trabalho que façam sentido para o colaborador e que o estimulem de forma contínua. E isso não se faz com paternalismo. Se faz com bom senso e inteligência.
Pacotes de benefícios fantásticos não compensam ambientes ruins de trabalho. Falo por experiência própria.
E como é que se faz? Todo colaborador, independente do tipo e tamanho da empresa, somente dará bons resultados se tiver três condições: conhecimento, recursos e atitude.
Portanto, caro empreendedor, ao deparar com um problema em sua empresa esteja atento às respostas quando for perguntar ao colaborador envolvido.
Se ele disser: "Não sei como fazer!" significa que ele provavelmente não foi corretamente treinado e não está capacitado para aquela tarefa. Converse com seu RH
Se ele responder: "Sei como fazer mas não posso fazê-lo!". Talvez seja falta de recursos. Repense suas prioridades.
E se, por último, a resposta for: "Não quero fazer!". Daí, repense sua empresa como um todo!





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