A partir da publicação da versão 2015 da NBR ISO 9001, tenho recebido muitas consultas e perguntas a respeito deste requisito e de como ele deve ser tratado pelas organizações.
No intuito de esclarecer e, por que não dizer, para desmistificar o tema, apresento algumas considerações que podem lhe ajudar.
A NBR ISO 9001:2015 em seu item 6.1.1 diz que:
"Ao planejar o sistema de gestão da qualidade, a organização deve considerar as questões identificadas na análise do contexto da organização e na avaliação de necessidades e expectativas das partes interessadas e determinar os riscos e oportunidades para:
- assegurar que o sistema de gestão da qualidade possa alcançar seus resultados pretendidos;
- aumentar efeitos desejáveis;
- prevenir ou reduzir efeitos indesejáveis;
- alcançar melhoria.
..."
Antes de fazer qualquer consideração, acho válido relembrar qual o conceito de risco adotado ao longo da norma.
"Risco: incerteza a respeito do alcance de um objetivo."
Lendo com atenção a definição, notamos que risco está diretamente ligado a um objetivo. Ou seja, se não houver um objetivo claramente definido, não faz nenhum sentido avaliar riscos.
A definição dos objetivos da organização é resultante da análise da empresa e seu contexto interno e externo e na identificação das necessidades e expectativas das partes interessadas no desempenho da organização.
A análise do contexto externo deve levar em consideração questões legais, políticas, tecnológicas, sociais, comerciais, financeiras, etc não só no mercado em que a empresa atua como naquele em que pretende atuar.
Já o contexto interno está mais relacionado com a cultura e desempenho da organização.
No que diz respeito às partes interessadas, elas normalmente são: acionistas, clientes, colaboradores, fornecedores, sindicato, concorrentes, órgãos governamentais e a comunidade onde a organização está inserida.
Cada uma destas partes enxerga a empresa sob um dado prisma e tem expectativas distintas umas das outras.
Cabe à organização identificar estas necessidades e expectativas e decidir quais são mais relevantes para o seu negócio.
Agora com este coquetel de informações, a empresa é capaz de estabelecer um conjunto de objetivos e metas que entende ser aquele que vai contribuir com a perenidade dos negócios.
Neste momento é que a análise de riscos e oportunidades se intensifica, pois a organização discute mais a fundo quais seriam os obstáculos que se enxerga ao longo do caminho e como fazer para contorná-los.
Ao nível dos processos do sistema de gestão da qualidade, o "dono do processo" deve ter abordagem semelhante, ou seja, identificar os pontos fortes e fracos do processo e buscar recursos para preencher as lacunas e permitir que os objetivos sejam alcançados.
Como fazer?
Não existe um método pré-definido ou exigido pela norma para se fazer análise de risco.
Uma primeira opção é utilizar as normas da série ISO 31000 - Gestão de Riscos
Outra opção é utilizar o diagrama de "espinha de peixe", verificando quais alterações nos diversos "Ms" são necessárias para alcançar o objetivo pretendido.
Não existe um método pré-definido ou exigido pela norma para se fazer análise de risco.
Uma primeira opção é utilizar as normas da série ISO 31000 - Gestão de Riscos
Outra opção é utilizar o diagrama de "espinha de peixe", verificando quais alterações nos diversos "Ms" são necessárias para alcançar o objetivo pretendido.
Como você pode ver, o tema apesar de apresentar uma certa complexidade não requer técnica sofisticadas para ser tratado e compreendido.
Espero que este artigo tenha ajudado a esclarecer suas dúvidas.
Boa sorte!
Espero que este artigo tenha ajudado a esclarecer suas dúvidas.
Boa sorte!